quinta-feira, 31 de maio de 2012

Batismo pelos mortos: porque realizar?


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Os Mórmons (um apelido conferido  aos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias) acreditamos no  batismo pelos mortos. Esta prática é um assunto popular entre não membros da igreja, porém é na maioria das vezes mal compreendida. A ordenança é mencionada na Bíblia, mas é um assunto de debate entre especialistas sobre o seu significado.


“Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos? “ (1 Coríntios 15:29).

A ordenança é realizada por um procurador sempre em um templo Mórmon. Isso significa que uma pessoa é batizada em nome de alguém que já faleceu. Os Mórmons submetem os nomes de seus antepassados ​​para esta ordenança depois de fazer a pesquisa genealógica. As instalações para a pesquisa genealógica da Igreja é aberta ao público de forma gratuita permitindo assim que qualquer pessoa faça suas próprias pesquisas genealógicas.

A ordenança não faz daquele que foi batizado um mórmon. Ninguém pode fazer isso. Uma pessoa deve se converter de modo voluntario nesta vida, e o mesmo vale para aqueles que já falecerão. Se o ancestral falecido rejeita a ordenança, ela não terá nenhum efeito e será como se nunca tivesse sido realizada.

Por que os mórmons fazem batismos pelos mortos? A Bíblia nos ensina que o batismo é um dos requisitos para entrar na presença de Deus após a morte.

Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, te digo, se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus (João 3:5)”.

“Então disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).


Essas declarações nos coloca a frente de um grave problema, pois muitas pessoas morreram sem nunca terem sido batizadas. Muitos, na verdade, nem sequer sabiam que precisavam ser batizados ou morreram tão jovens que nunca tiveram a oportunidade de escolher o batismo. Alguns foram batizados de forma inadequada. Alguns não receberam uma revelação pessoal, a qual igreja se unir ou mesmo que deveriam ser batizadas.

Os Mórmons acreditam que Deus é amoroso e justo. Ele ama todos os Seus filhos da mesma forma e quer que todos tenham as mesmas chances de retornar a Sua presença. Os Mórmons acreditam que Ele nunca colocaria uma pessoa em uma situação em que poderia ser condenada por toda a eternidade sem lhe dar a oportunidade de fazer uma escolha adequada. O Cristianismo tem enfrentado este problema, como conciliar e amoroso e justo Deus com a possibilidade de que a alguns serão negadas a exaltação e a salvação sem nem ao mesmo terem culpa. Muitas religiões têm trabalhado para criar explicações para este problema, mas nenhuma delas satisfaz as necessidades individuais de justiça e misericórdia.

Uma leitura mais acurada do Novo Testamento demonstra que a resposta a essa pergunta já era conhecida na época de Cristo.

“No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão” (1 Pedro 3:19).


“Porque por isto foi pregado o evangelho também para os mortos, para que fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito” (1 Pedro 4:6).

Nós aprendemos com esses versículos que Jesus, após Sua morte, pregou aos espíritos, aqueles que morreram, para que fossem julgados de modo justo. Isto é porque Deus nunca nos punirá por algo que não sabíamos. A fim de serem julgados de forma justa, eles precisavam aprender o evangelho e aquilo que Deus espera deles. Eles, então, precisavam de uma oportunidade para poder decidir se estavam dispostos ou não a aceitar essas responsabilidades.

Se a pessoa falecida aceita o compromisso de viver o evangelho de Jesus Cristo, ela ainda enfrenta um problema. O mandamento de ser batizado ainda está em vigor, mas não pode ser realizado no céu. É neste momento que a ordenança do batismo pelos mortos entra. Como mencionado anteriormente, por Paulo, enquanto ele procurava ensinar seus seguidores que a ressurreição era real. Ele perguntou por que eles estavam realizando essas ordenanças se os mortos não ressuscitariam, se não há ressurreição, não há necessidade de batismo. É muito claro que ele estava se referindo a uma ordenança que todos conheciam e que, portanto, não era necessária nenhuma explicação adicional. Sua instrução também serviu como um lembrete de que devemos realizar essa ordenança conscientes de seu significado e importância.

As ordenanças por procuração têm uma longa história religiosa. A ordenança por procuração mais importante de todas é aquela realizada por Jesus Cristo, ou seja, a expiação. Jesus tomou sobre si os pecados de todos os seres humanos, sem pedir a permissão daqueles que estavam vivendo na mortalidade, a fim de permitir que fossem salvos.

No entanto, à medida que todos se beneficiam pelo menos em parte da expiação de Jesus Cristo, a fim de se beneficiar do batismo realizado por um procurador, a pessoa deve aceitar o evangelho e concordar em viver de acordo com seus ensinamentos. A conversão não é imposta a ninguém, uma vez que o livre-arbítrio, ou liberdade de escolha, é um dos pilares fundadores do plano de Deus. Uma conversão involuntária não é uma conversão.

Resumindo, o que essa ordenança faz é proteger o arbítrio daqueles que morreram. Se o batismo não for realizado, eles não têm a capacidade de serem convertidos, se o desejarem. O batismo pelos mortos é um dom que os mórmons conferem aos seus antepassados, a fim de certificar-se que eles possuem a capacidade de escolher quando chegar a hora. Eles são instruídos a fazer este trabalho apenas para seus próprios antepassados, e não para celebridades ou outros que não estejam ligados a eles por sangue ou parentesco. Aqueles que desrespeitam essas regras perdem o direito de apresentar os nomes.

Um benefício adicional desta ordenança é o laço emocional que construímos com a nossa família. Os Mórmons acreditam que a vida familiar é eterna e que, quando voltarmos a viver com Deus, continuaremos a fazer parte da Sua família, que se estende através do tempo e da eternidade. Como os Mórmons trabalham em sua história familiar, eles aprendem mais sobre suas famílias, compreendendo quem eram e são. Eles aprendem como seus ancestrais os influenciaram e o papel que a família desempenhou na história do mundo. Muitos têm compartilhado seus sentimentos quando se começa a conhecer seus antepassados. Quando morrerem e se reencontrem, será parte de uma família que conhecemos e amamos e não uma geração de estranhos. Essa é a razão pela qual Deus nos instrui a levar ao templo somente os nomes dos nossos antepassados.

Não devemos pagar nada para ter acesso a esta ordenança. Os Mórmons não pagam nada para usar os recursos de pesquisa disponíveis ao trabalho genealógico. Na verdade, os mórmons não cobram taxas de qualquer tipo para que uma pessoa participe das ordenanças sagradas. Se a família, por qualquer razão, não puder realizar o trabalho, os voluntários do templo realizarão as ordenanças por eles.

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Um comentário:

  1. Que trabalho grandioso esse que é a história da família. Principalmente porque é a pura doutrina de Cristo.

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